26/03/2012

UM SONHO, UM PROJECTO...UMA VIDA

O João Cláudio em Maio de 2009 brindou-nos, com uma das mais curiosas fotografias publicadas neste Blogue a 16 daquele mês, com o título “Primeira escola de natação do bairro”. Tanto assim é que é das fotos mais visitadas. Foi preciso de novo provocar o João Cláudio, para que ele voltasse ao baú, dar mais uma voltinha para ver o que lá encontrava. E ....................................BINGO. Aí estão ELES………os documentos mais importantes de uma família………………………….A prova documental de propriedade do seu lar. O João Cláudio na altura era uma criança….Foi naquela casa que ele e o irmão receberam os valores morais de que hoje são possuidores. Ele e o irmão já não moram na casa do Bairro da Encarnação, mas a Senhora sua Mãe felizmente ainda lá reside, e com muito orgulho ainda trata do seu jardim. Todos sabemos a importância que um “LAR” tem para qualquer família. Certamente nem tudo foi fácil. Mas estou certo que foi com muita alegria e talvez com lágrimas de felicidade e expectativa num futuro próspero que a 14 de janeiro de 1946, O Sr. João Guimarães Marques recebeu a notificação de que lhe fora atribuída a casa 722. E continuamos…nem tudo foi fácil A 30/01/ 46 é comunicado, que após exames médicos aprovados, O Sr. Guimarães Marques teve de levar em dinheiro a quantia de 100$00 (hoje 0,50€ ) para receber uma nota que “servirá para levantar a chave da casa” e a permissão de a poder habitar. Alguém imagina a festa que foi naquela família?se calhar até se abriu uma garrafa de Porto e Pai e Mãe beberam um cálice do dito, e o João e irmão olhavam sem saber muito bem a importância do ato. Hoje o meu amigo João Cláudio… (meu companheiro de instrução primária) sabe muito bem a importância daquela decisão dos seus pais. Por curiosidade aqui vai uma plante da borboleta (mais uma),- a terceira empreitada- mas ainda na fase de construção das casas, e é curioso verificar que: 1-A construção /a habitabilidade começou no Bairro Sul. 2-Todas as casas tinham um número sequencial. Por ultimo o documento pelo qual esta família esperou 20 anos. Foram 240 meses a pagar 290$00/mês, Neste dia, de Janeiro de 66, voltou haver festa rija, mas agora foram os Filhos já homenzinhos, o João e o Irmão, que abriram uma (se calhar duas) garrafas de Champagne. O que se passou na casa 722, foi certamente o que se passou em todas as outras, com mais Porto, ou menos Porto, mais Champagne, ou menos, mas em todas elas houve um dever cumprido.

2 comentários:

  1. Caro amigo Vasco
    Eu não conseguiria descrever melhor a história associada aos documentos que te facultei. O meu obrigado.
    Gostava de acrescentar que em 1946, tinha eu menos de um ano de idade quando fui viver com os meus pais para o Bairro. O meu irmão, cerca de quatro anos mais novo, nasceu num dos quartos do primeiro andar em 1949 ! Esse sim é um verdadeiro nascido e criado no Bairro. Até veio a casar com uma moça da antiga Rua Z (actual rua 23), onde passou a habitar durante uns dez anos!
    Um grande abraço
    João Cláudio GM

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  2. Agradeço a devida correcção, para repor a verdade ao texto.
    um abraço

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