15/11/2018

o imobiliário hoje e sempre

O nosso Bairro da Encarnação, já não é o que era. Afinal NADA é o que era. Jogar à bola na rua, volta a Portugal com "caricas", jogar à cabra-cega, ringue, alho, etc etc passou à história, mas apesar de tudo o Bairro continua a ser o Bairro, embora os autocarros da carris cruzem as suas ruas, e a EMEL, explore o estacionamento, e a Galinha Gorda engarrafe o trânsito.
Já não estamos em 1950.

O Nosso amigo Carlos Arnaut, finalmente arregaçou as mangas e foi fazer limpezas  !!

e apanhou uma noticia de meia página  (penso do Público), assinada pelo jornalista Guilherme Paixão, em que sublinha, que as pequenas e humildes casas construídas pelo Estado Novo , estavam a ser "assaltadas" por uma classe média alta, provocando uma inflação na área do imobiliário.

É bom lembrar que o jornal é datado de 14 de Junho de 1993.
Afinal a "bolha" já vem de longe !!!........

Eis o que nos disse o Arnaut  no seu assombrado desabafo ;



""""Vejam bem o que numa limpeza aos meus dossiers eu descobri.
É curioso como já naquela altura, estamos em 1993, já havia pessoal a olhar para o Bairro com um olhar guloso.
Atentem sobretudo na parte final da notícia, titulada "A decisão é do vizinho", que retratava o espírito bairrista ainda vigente naquela época e que era tomado em consideração no licenciamento das obras de ampliação/remodelação"""" 
 O curioso é sobretudo que esta noticia é acompanhada de uma foto identificado como "vista aérea do Bairro da Encarnação, o maior de todos os bairros económicos de Lisboa", contudo a fota não é do Bairro da Encarnação, mas sim do Bairro de Caselas.   Enfim em 1993 também erravam.....por motivos óbvios é omitida essa imagem. Uma coisa está certa ; O Bairro da Encarnação é o maior..............em tudo


Apesar desta notícia não se enquadrar nas memórias da nossa juventude, acho que se enquadra no espirito do Blogue.






4 comentários:

  1. Pois, pois!!!
    É que já se falava na EXPO98 e os reflexos que iria ter a este nível.Se eu soubesse o que sei hoje, teria feito toda a força possível junto de meus irmãos para não vendermos esse maravilhoso património deixado pelos nossos pais. Mas a vida é assim!!! Manuel Alves (Manecas para uns, Kekas para outros).

    ResponderEliminar
  2. BOA TARDE COMPANHEIROS, EU JÁ NÃO MORO NO BAIRRO À 13
    ANOS, VOU LÁ VARIADAS VEZES SIGO VÁRIAS PÁGINAS SOBRE OS OLIVAIS ATRAVÉS DO FACEBOOK, ONDE EU NÃO ME CANSO DE APONTAR ARMAS AO QUE ESTÁ MAL ME POR TAL SINAL SÃO MUITAS AS COISAS, COMEÇANDO PELOS BURACOS NAS RUAS, NA FALTA DE PEDRAS NOS PASSEIOS ONDE OS NOSSOS VELHOS CAIEM COM FREQUÊNCIA É O LIXO AS ERVAS POR TODOS O LADO EU DIRIA A FALTA DE TUDO, O NOSSO BAIRRO ESTÁ VOTADO AO ABANDONO DAS ENTIDADES QUE O DEVIAM TRATAR, ENFIM AS COISAS MUDAM SÓ É PENA É MUDAREM PARA PIOR, UM ABRAÇO A TODOS E VOTOS QUE O NOSSO BAIRRO VOLTE AO QUE JÁ FOI, BOA TARDE RAPAZIADA DO MEU BAIRRO.

    ResponderEliminar
  3. Esta reportagem demonstra ao contrário da tropa,que a antiguidade não é um posto. O verdadeiro posto chama-se dinheiro, e, neste caso, é quem manda.
    Existe outra coisa importante,ter poder para mover influências.
    Se o bairro foi atingido por esta vaga de cobiça,pior aconteceu em Alfama. Casas sem condições,estão a ser pagas a preço de ouro,para se instalarem os do dinheiro. E ao contrário do bairro,estes foram quase "corridos".
    Fernando Hipólito

    ResponderEliminar